Homem é preso na Ponta Verde por extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro

Postado em 27 de Novembro de 2025 ás 08:05

Operação Juros de Sangue é destinada a desarticular um grupo envolvido em extorsão, usura pecuniária e lavagem de dinheiro.
Polícia Civil/Divulgação
Um homem de 56 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (27) em um prédio no bairro Ponta Verde, em Maceió, durante a Operação Juros de Sangue, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas. A ação investiga um esquema de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro no interior do estado.
A operação ocorreu simultaneamente em Maceió e Palmeira dos Índios. Segundo a investigação, o grupo criminoso atuou por cerca de um ano e meio, entre o fim de 2023 e julho de 2025.
O caso teve início quando a principal vítima contraiu um empréstimo informal de R$ 20 mil. Com o tempo, o investigado passou a impor cobranças abusivas, reajustes unilaterais e juros que fizeram a dívida ultrapassar 100% do valor inicial.
Ameaça e perseguição
A vítima já havia pago mais de R$ 45 mil. As práticas evoluíram para extorsão, com ameaças, perseguição, coação para novos empréstimos e intimidações envolvendo até a possibilidade de perda do emprego.
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Em mensagens enviadas por aplicativos, o suspeito chegou a afirmar falsamente ter conversado com autoridades para aumentar a pressão psicológica. A situação se agravou quando um homem invadiu a casa da vítima durante a madrugada, afirmando estar armado e causando danos a dois veículos da família.
Carro apreendido na Operação Juros de Sangue da Polícia Civil de Alagoas
Polícia Civil/Divulgação
Na fuga, ele utilizou um carro que, segundo as apurações, era usado pelo principal suspeito. O prejuízo ultrapassa R$ 90 mil.
Lavagem de dinheiro
A Polícia Civil também identificou um esquema de lavagem de dinheiro com uso de contas bancárias de terceiros, principalmente familiares, para ocultar valores das extorsões. Houve ainda registro de bens em nomes de parentes e movimentações financeiras atípicas que reforçam o indício de blindagem patrimonial.
Ao todo, foram cumpridos dez mandados judiciais: um de prisão preventiva, seis de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e três de apreensão de veículos, totalizando cerca de R$ 560 mil em automóveis.
Também houve bloqueio de R$ 331.080,00. A constrição patrimonial chega a R$ 890 mil e deve garantir eventual ressarcimento à vítima e o perdimento de bens obtidos ilegalmente.
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