Postado em 17 de Outubro de 2025 ás 08:26

Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), no centro de Maceió
Ana Clara Pontes/G1
Após quase cinco anos de um crime que chocou o Sertão de Alagoas, a Justiça condenou José Edivan Silva Souza a 57 anos, 10 meses e 22 dias de reclusão em regime fechado. Ele foi responsabilizado pelo assassinato de Márcia Maria de Freitas, de 26 anos — grávida de oito meses —, e de Igor Soares da Silva, mortos a tiros em outubro de 2020, no município de Olivença, interior de Alagoas.
O julgamento ocorreu na quarta-feira (15), no Fórum de Santana do Ipanema, sob a condução do promotor de Justiça Thiago Riff, do Ministério Público de Alagoas (MPAL).
De acordo com a sentença, Edivan recebeu 24 anos e seis meses de prisão pela morte de Igor Soares, com base no artigo 121, parágrafo 2º, inciso IV do Código Penal. Pela morte de Márcia Maria, a pena foi de 28 anos, 10 meses e 15 dias, conforme o artigo 121, parágrafo 2º, incisos I e IV.
Como a vítima estava grávida de oito meses, o réu também foi condenado a mais quatro anos, seis meses e sete dias de prisão pela morte do bebê, com base no artigo 125 do Código Penal, que trata do crime de provocação de aborto por terceiro.
O promotor de Justiça Thiago Riff destacou que a condenação representa uma resposta à sociedade e à memória das vítimas, ressaltando que o Ministério Público tem o papel de assegurar que crimes contra a vida não fiquem impunes.
O caso
De acordo com os autos do processo, o crime ocorreu em outubro de 2020, na Rua Professor José Correia Bulhões, no bairro Cohab, em Olivença. As vítimas estavam em uma residência quando foram surpreendidas por disparos de arma de fogo.
Igor Soares da Silva morreu no local. Já Márcia Maria de Freitas foi socorrida e levada para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), mas não resistiu aos ferimentos.
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