Dengue cresce 114% em Maceió em 2024; veja bairros com mais casos

Postado em 17 de Abril de 2024 ás 14:54

Capital não registrou mortes pela doença, mas Estado já contabiliza dois óbitos em cidades do interior. Dados da Secretaria de Saúde do Municípío mostram aumento nos casos de dengue
Os casos de dengue confirmados de janeiro até o dia 15 de abril deste ano em Maceió superam em 114% os do mesmo período de 2023. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
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O bairro do Benedito Bentes tem maior incidência de casos por 100 mil habitantes, seguido por Jacarecica e Centro. Veja, abaixo, os números:
Benedito Bentes - 303,61 a cada 100 mil habitantes
Jacarecica - 227,27 a cada 100 mil habitantes
Centro - 203,60 casos a cada 100 mil habitantes
Segundo o boletim epidemiológico da SMS, Maceió confirmou neste período 1.232 casos de dengue. Na mesma época do ano em 2023, eram apenas 574.
A nível estadual, os números desse ano também superam os do ano passado. De acordo com a Secretaria do Estado da Saúde (Sesau), em 2024 foram registrados 3.069 casos de dengue contra 1.245 registrados no mesmo período do ano anterior.
Até esta quarta-feira (17), nenhum óbito foi registrado em Maceió por dengue. No entanto, a Sesau confirma duas mortes pela doença no interior, uma em Viçosa e outra em Atalaia, onde foi registrada a primeira morte por dengue, de um jogador de 19 anos.
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya
Raul Santana/Fiocruz
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Tipos de dengue no Brasil
O Ministério da Saúde mapeou quais são os sorotipos do vírus com maior circulação no país. A dengue do sorotipo 1 é a mais presente no Brasil, sendo registrada em todos os estados. Na sequência, é observado o sorotipo 2, em 24 estados e no Distrito Federal.
🦟O vírus possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
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Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
Vacina contra a dengue
A vacina contra a dengue conhecida como Qdenga foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) pelo Ministério da Saúde, e já está sendo distribuída para jovens de 10 a 14 anos de forma gratuita em vários estados brasileiros, Alagoas ainda não é um deles.
O Ministério da Saúde leva em consideração os centros urbanos grandes com alta taxa de transmissão da dengue para distribuir as vacinas. Próximo de Alagoas, Recife é um dos municípios que recebeu as doses da Qdenga.
O imunizante é considerado seguro e eficaz para crianças com mais de quatro anos e para adultos com até 60 anos — não há estudos para avaliar a eficácia e a segurança da vacina fora dessa faixa etária.
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Pode receber o imunizante quem já teve dengue e também quem nunca foi infectado. A vacina deve ser administrada em um esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses.
Além do SUS, muitas clínicas particulares já comercializam a vacina, com o valor variando entre R$ 300 e R$ 800.
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