Postado em 11 de Dezembro de 2025 ás 11:29

Enterprise Europe Network
Arquivo pessoal
A chegada da Enterprise Europe Network (EEN) a Alagoas reforça o movimento para ampliar a participação de pequenas e médias empresas nordestinas no comércio exterior e fortalecer a cooperação com os 27 países da União Europeia.
O consórcio internacional, presente em mais de 70 países, inicia suas operações em Maceió com o objetivo de transformar o estado em um ponto de conexão entre negócios locais e o mercado europeu.
Segundo a EEN, em 2024, o Brasil registrou 28.847 empresas exportadoras, sendo 5.952 microempresas e MEIs e 5.480 empresas de pequeno porte. Apesar do crescimento de 112% no número de pequenos negócios atuando no exterior nos últimos dez anos, o impacto no volume exportado ainda é baixo: US$ 2,6 bilhões, menos de 1% das exportações nacionais.
Alagoas e potencial de expansão
Nesse cenário, a EEN passa a operar em Alagoas, identificando no estado e no Nordeste potencial para expansão e diversificação produtiva, visando a inserção em cadeias globais de valor.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
A rede atuará oferecendo consultorias, conectando empresas a parceiros internacionais, promovendo inovação e criando caminhos para superar obstáculos da internacionalização, como burocracia, infraestrutura limitada e carga tributária elevada.
A instalação da representação da EEN será formalizada em 12 de dezembro, na UMJ (Centro Universitário Mário Pontes Jucá), que sediará as operações em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec), ligada à UFMS.
O consórcio nacional é coordenado pela Fapec e pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), vinculado ao MCTI.
A EEN já prestou mais de 3 mil consultorias no Brasil nos últimos oito anos e agora inclui Alagoas em seu mapa estratégico. A UMJ será transformada em um polo de atração de negócios, troca de tecnologias e promoção de inovação para o setor produtivo local.
Segundo Marcos Vinicius da Cruz Coelho, presidente da EEN Brasil, a presença da rede no estado reforça o papel das instituições de ensino superior na articulação entre academia, governo e mercado.
Ele destaca que exportar permite que pequenos negócios ampliem faturamento, gerem empregos e aumentem a competitividade, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico regional.